Postado por Jéssica Colaço em 27/jan/2025 - Sem Comentários
Cerca de 100 trabalhos foram inscritos na 1ª edição do Prêmio Jornalismo Ambiental do Ceará, que contemplou as regiões metropolitanas de Fortaleza e do Cariri
““A gente vive muitas experiências, vemos as pessoas sofrerem pela falta de saneamento e nem perceberem o quanto isso arranca delas a dignidade. É impagável essa missão de buscar as informações e mostrar para as pessoas o que elas têm direito, e saneamento é um direito delas. É nossa missão e ela nos honra muito”, declarou a jornalista Aline Oliveira, repórter da TV Verdes Mares, ao receber o “Grande Prêmio” do 1º Prêmio de Jornalismo Ambiental Ceará, com a série de reportagens “Saneamento básico, qualidade de vida e conscientização”.
Na última semana, a Ambiental Ceará e a Ambiental Crato, empresas do grupo Aegea, reconheceram trabalhos jornalísticos que abordaram o cenário e os desafios para a universalização do esgotamento sanitário no contexto cearense. As cerimônias de premiação aconteceram nos dias 23 e 25 de janeiro, nas cidades de Barbalha e Fortaleza, respectivamente, contemplando profissionais da Região Metropolitana do Cariri e de Fortaleza.
O concurso, que teve como tema “Avanços e desafios para a universalização do esgotamento sanitário, do Cariri ao Litoral”,” buscou promover o debate e a conscientização sobre a importância do esgotamento sanitário para o desenvolvimento e a qualidade de vida da população, além de temas relacionados, como saneamento, meio ambiente, saúde pública e desenvolvimento sustentável. Cerca de 100 trabalhos foram inscritos nesta primeira edição, nas categorias texto, áudio, telejornalismo, fotojornalismo e repórter cinematográfico.
Para André Facó, diretor-presidente da Ambiental Ceará e da Ambiental Crato, a imprensa é a grande aliada no processo de universalização do esgotamento sanitário. “A gente não vai mudar esse cenário se não tivermos a população bem informada. A informação é o caminho para a gente mudar esse olhar e para que a gente deixe de ser invisível. O melhor caminho para que a gente tenha essa informação de forma adequada é exatamente a imprensa, são esses parceiros, esses profissionais da comunicação que vão nos ajudar a mudar a realidade e a vencer esse desafio”, disse.
As cerimônias oportunizaram o encontro de profissionais de diferentes veículos da comunicação cearense, nas duas regiões, com a presença de profissionais de redação, assessores de comunicação das prefeituras parceiras e de órgãos da sociedade civil, diretores da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), além dos profissionais que compunham a banca examinadora dos trabalhos, que contou com a participação do jornalista Francisco José.
Tadeu Bezerra, gerente Regional da Ambiental Ceará e da Ambiental Crato, destacou que incluir os veículos e comunicadores da região do Cariri foi um diferencial da premiação. “Mais da metade dos trabalhos inscritos no Prêmio foram feitos por profissionais do Cariri, isso mostra a força da comunicação da nossa região. Foram reportagens com abordagens sensíveis, questionadoras e que, certamente, vão contribuir bastante no processo de levar para todos o serviço de esgotamento sanitário”, acrescentou.
Categorias e premiações
As categorias Texto, Áudio e Telejornalismo foram segmentadas para as duas regiões, com premiações para o 1º, 2° e 3º lugar. Já as categorias Fotojornalismo e Repórter Cinematográfico foram de ampla concorrência, com resultados anunciados em Fortaleza.
Os primeiros colocados foram contemplados com o valor de R$ 5.500, enquanto os segundos e os terceiros colocados foram beneficiados com R$ 3.500 e R$ 2.500, respectivamente. No total, R$ 100 mil em prêmios foram entregues para comunicadores das regiões metropolitanas de Fortaleza e do Cariri.
Além das categorias regulares, o 1º Prêmio Jornalismo Ambiental entregou o “Grande Prêmio de Jornalismo Ambiental”, no valor de R$ 5.000, para a reportagem que obteve a maior pontuação geral entre todas as categorias. A TV Verdes Mares, em Fortaleza, foi a vencedora com a série de reportagens “Saneamento básico, qualidade de vida e conscientização”.
Menções Honrosas
O 1º Prêmio Jornalismo Ambiental reconheceu, ainda, com menções honrosas, dois comunicadores – sendo um do Cariri e outro da Região Metropolitana de Fortaleza – que se destacaram por abordar o tema e contribuir para a conscientização da comunidade e também pela relevância do trabalho jornalístico nas regiões em que atuam.
Na Região Metropolitana de Fortaleza, o comunicador Hélder Gurgel, da Rádio Mar Azul, de Paracuru, foi agraciado com a homenagem. No Cariri, João Hilário, da Rádio Progresso, em Juazeiro do Norte, foi laureado com o reconhecimento.
Confira os premiados
REGIÃO METROPOLITANA DO CARIRI
Telejornalismo
1º lugar: Patrícia Silva, TV Verdes Mares Cariri, com a reportagem “Desafios do esgotamento sanitário em Juazeiro do Norte”
2º lugar: Raiana Lucas, Amplificadora Cariri, com a reportagem “Desafios antigos, soluções modernas: o saneamento básico coloca o Crato em movimento”
3º lugar: Clara Freitas, TV Verde Vale, com a reportagem “Cascata do Crato, um paraíso no Cariri”
Texto
1º lugar: Guilherme Carvalho, O Povo, com a reportagem “Cariri tem mais de 17 mil pessoas sem banheiro ou sanitário em casa”
2º lugar: Bruna de Souza, Portal Miséria, com a reportagem “Falta de saneamento básico em Juazeiro do Norte sobrecarrega mulheres”
3º lugar: Joaquim Júnior, Jornal do Cariri, com a reportagem “Crajubar enfrenta desafios para conectar casas à rede de esgoto”
Áudio
1º lugar: Guilherme Carvalho, O Povo CBN Cariri, com a reportagem “Dignidade privada: o drama daqueles sem banheiro”
2º lugar: Rute Oliveira, Educadora Cariri, com a reportagem “Rio Granjeiro: saneamento que valoriza”
3º lugar: Maria Beatriz, O Povo CBN Cariri, com a reportagem “Terra de Benigna: desafios do saneamento em Santana do Cariri
REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA
Telejornalismo
1º lugar: Alessandro Torres e Aline Oliveira, TV Verdes Mares, com a série “Saneamento básico, qualidade de vida e conscientização”
2º lugar: Thiago Norões, TV Assembleia, com o especial “Saneamento e cidadania: como o tratamento de esgoto transforma vidas e gera oportunidades”
3º lugar: Adriana Dias, Band TV, com a reportagem “Esgotamento sanitário: proteção à saúde e ao meio ambiente”
Texto
1º lugar: Ana Luiza Serrão e Alexia Vieira, O Povo, com a reportagem “Os desafios da universalização do esgotamento sanitário”
2º lugar: Lucas Falconery, Diário do Nordeste, com a série “Rede Vital”
3º lugar: Ideídes Guedes, Diário do Nordeste, com a reportagem “Ameaça invisível”
Áudio
1º lugar: Bruna Lira, O Povo CBN, com a reportagem “Afluentes: caminhos para a universalização do saneamento básico no Ceará”
2º lugar: Jocasta Pimentel, Rádio Assembleia, com a reportagem “Caminho das Águas: da torneira ao esgoto”
3º lugar: Tiago Lima, Jovem Pan News, com a reportagem “Educação e saúde: um caminho para sanear”
AMPLA CONCORRÊNCIA
Fotojornalismo
1º lugar: Fabiane de Paula, Diário do Nordeste, com “Ameaça Invisível”
2º lugar: Guilherme Carvalho, O Povo, com “Maior conjunto habitacional do Cariri, Triângulo Crajubar ainda enfrenta desafios para disponibilizar saneamento básico”
3º lugar: Fábio Lima, O Povo, com “Comunidade Saporé”
Repórter cinematográfico
1º lugar: Nilson Filho e Daniel Cardoso, TV Assembleia, com o especial “Saneamento e cidadania: como o tratamento de esgoto transforma vidas e gera oportunidades”
2º lugar: Nilton Alves, Carlos Marlon e Janilson Ferreira, TV Verdes Mares, com a série “Saneamento básico, qualidade de vida e conscientização”
3º lugar: Jair Gomes, TV Verde Vale, com a reportagem “Cascata do Crato, um paraíso no Cariri”
Grande Prêmio
Alessandro Torres e Aline Oliveira, TV Verdes Mares, com a série “Saneamento básico, qualidade de vida e conscientização”
Postado por paintbox em 24/out/2023 - Sem Comentários
As intervenções realizadas pela Ambiental Ceará fazem parte do projeto de universalização do acesso à coleta e ao tratamento de esgoto em 24 cidades cearenses
Em algumas vias do bairro Antônio Linard, antes conhecidas como ruas da lama, em Missão Velha, é possível ver novas rotinas: moradores sentados nas calçadas, crianças brincando e espaços sem esgoto correndo a céu aberto. A realidade é resultado das obras de ampliação do sistema de esgotamento sanitário, realizadas pela Ambiental Ceará, por meio da Parceria Público-Privada firmada com a Cagece. Já foram implantados 6,2 km de novas redes coletoras nas cidades de Juazeiro do Norte, Barbalha e Missão Velha. Essas estruturas contemplaram diretamente mais de 5 mil pessoas, viabilizando a conexão de mais 1,4 mil imóveis ao sistema de coleta e tratamento de esgoto.
Uma das moradoras beneficiadas é a dona de casa Maria Raquel Ribeiro, 39, que reside há três anos na rua Vereador Almir Cavalcante, em Missão Velha. “Antes, aqui tinha muita lama, esgoto a céu aberto, mau cheiro e sujeira na rua. Quando chegava o fim da tarde, apareciam muitas muriçocas. Nessa rua, muitas pessoas tiveram dengue, Chikungunya e outras doenças que têm a ver com o esgoto. Agora está uma maravilha! Além disso, nós podemos sentar na calçada para conversar, as crianças estão brincando na rua, e estamos mais saudáveis e felizes”, afirma Maria Raquel. A rua em que ela mora faz parte do trecho do bairro Antônio Linard contemplado com 1,2 km de novas redes coletoras.
As mudanças também já são vivenciadas pelos moradores do bairro Malvinas, em Barbalha, que já recebeu mais 4 km de novas redes coletoras, beneficiando mais de 915 famílias. Entre elas está a da agricultora Eriane dos Santos Santana, 40, moradora da rua P16. Ela conta que, além de já estar conectada a rede de esgoto da rua, também aprendeu sobre a importância do esgotamento sanitário para a população e para o meio ambiente.
“A equipe da Ambiental Ceará passou na minha casa e me explicou sobre os benefícios para a saúde da minha família e para o local onde vivemos. Moro na parte mais baixa da rua, então, todo o esgoto das moradias de cima descia e passava na frente da minha porta. Durante a obra, que durou cerca de 20 dias, os trabalhadores da empresa foram sempre educados e realizaram o serviço bem feito. O resultado é uma rua toda limpa, sem água parada e esgoto a céu aberto. Também diminuiu a quantidade de muriçocas. Estou muito feliz e agradecida”, destaca.
Benefícios a longo prazo
O diretor-executivo da Ambiental Ceará, Danilo Almeida, ressalta que as obras de esgotamento sanitário em andamento nos municípios da região visam trazer soluções que garantam benefícios para a saúde e meio ambiente. A meta é garantir que, em 10 anos, 90% da população destas cidades tenha acesso à rede de coleta e ao tratamento de esgoto.
“Os moradores dos bairros em que atuamos agora possuem o esgoto coletado e direcionado às Estação de Tratamento. Assim, conseguimos pôr fim nas conhecidas ruas da lama, retirando o esgoto a céu aberto e garantindo que receba o tratamento adequado, beneficiando o meio ambiente. Essas obras também proporcionaram também mais qualidade de vida, saúde e dignidade”, detalha o diretor-executivo.
Neste momento, a empresa está com obras em andamento nas cidades de Juazeiro do Norte, Barbalha, Santana do Cariri e Nova Olinda. Veja o cronograma abaixo:
OBRAS EM ANDAMENTO NO CARIRI
Juazeiro do Norte
Implantação de rede coletora de esgoto
Conclusão prevista em outubro de 2023
Implantação de rede coletora
Conclusão prevista em janeiro de 2024
Barbalha
Implantação de rede coletora de esgoto
Conclusão prevista em dezembro de 2023
Implantação de rede coletora de esgoto
Conclusão prevista em dezembro de 2023
Santana do Cariri
Implantação de rede coletora de esgoto
Conclusão prevista em novembro de 2023
Nova Olinda
Implantação de rede coletora de esgoto
Conclusão prevista em novembro de 2023
PPP do esgotamento
Por meio da Parceria Público-Privada (PPP) firmada com a Cagece, a Ambiental Ceará é responsável pela ampliação, operação e manutenção dos sistemas de esgotamento sanitário em 24 municípios das regiões metropolitanas de Fortaleza e do Cariri. A PPP atende 4,3 milhões de pessoas e, ao todo, R$ 19 bilhões serão investidos – desse total, R$ 6,2 bilhões serão aplicados em obras.
Desde o início da operação definitiva, a Ambiental Ceará implantou mais de 25 km de novas coletoras, viabilizando a conexão de mais de 4 mil imóveis ao sistema de coleta e tratamento de esgoto, garantindo mais qualidade de vida e saúde para a população e contribuindo para a preservação do meio ambiente.
A PPP visa cumprir as metas estabelecidas pelo Novo Marco Legal do Saneamento, que determina que 90% da população tenha acesso à coleta e ao tratamento de esgoto até o ano de 2033, avançando para 95% em 2040.