Postado por ambientalceara em 18/jul/2023 - Sem Comentários
O sistema abrange as cidades que integram a PPP de esgotamento sanitário firmada com a Cagece
A operação remota e o monitoramento em tempo real das Estações Elevatórias e de Tratamento de Esgoto (EEEs e ETEs) são alguns processos tecnológicos empregados pela Ambiental Ceará na gestão do esgotamento sanitário de 24 cidades cearenses, contempladas pela parceria firmada com a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). A partir dos Centros de Operações Integradas (COIs) instalados em Fortaleza, Maracanaú e Juazeiro do Norte, mais de 110 equipamentos são acompanhados 24h por dia, além das atividades das equipes em campo.
O monitoramento realizado no estado traz, ainda, outra inovação: é o primeiro da Aegea – empresa controladora da Ambiental Ceará e líder em saneamento privado no país – a acompanhar rotinas operacionais. Na prática, significa dizer que diariamente, equipes fazem visitas às ETEs e EEEs, checam o funcionamento de bombas e outros equipamentos, realizam limpezas preventivas e registram todas essas atividades no sistema. Nos Centros de Operações, os painéis exibem, além destas informações, dados relacionados ao clima e funcionamento em tempo real das bombas e demais estruturas eletromecânicas de cada unidade, fazendo a integração entre o que acontece fora e dentro das unidades de gestão do saneamento.
Outro recurso utilizado nessa operação é o Infra Inteligente, ferramenta que usa dados coletados por drones, topografia de precisão e câmeras 360º para criar gêmeos digitais das ETEs e EEEs. Essas plantas virtuais podem ser acionadas pelas equipes de monitoramento, com o uso de óculos de realidade virtual, e gerar instruções para o time que está em campo, realizando alguma manutenção ou reparo.
O diretor-presidente da Ambiental Ceará, André Facó, explica os diferenciais do COI na operação diária do esgotamento sanitário. “O Centro de Operações Integradas da Ambiental Ceará é o cerne do modelo de operação da Aegea. Reunimos, em um só local, todas as informações necessárias para monitorar a operação. Mais que isso, em algumas situações, podemos operar à distância, e isso permite maior controle dos indicadores de prazo e qualidade, melhor gestão dos recursos, e também permite antecipar problemas antes mesmo de eles serem detectados pelos clientes”.
Os COIs de Maracanaú e Juazeiro do Norte funcionam como espelhos, replicando as informações da unidade da Capital, de onde é possível, por exemplo, identificar falhas em equipamentos e acionar equipes para corrigir a situação; manipular dispositivos remotamente e acompanhar a movimentação de pessoas no entorno das ETEs, captada pelas câmeras de vigilância. Em breve, o monitoramento vai contemplar sensores de volume em alguns Poços de Visita (PVs, mais popularmente conhecidos como tampas de esgoto), apontados pela Cagece e pelas prefeituras dos municípios como pontos recorrentes de extravasamento.
“A grande vantagem de ter um Centro que atua 24h por dia, em todos os dias do ano, é que podemos ver como o sistema está operando, como ele deveria operar e quais ajustes podem ser feitos, em tempo real, para resolver qualquer problema que venha acontecer”, reforça André Facó.
Universalização do esgoto
O acompanhamento e operação remota, em tempo real, são recursos empregados pela Ambiental Ceará na missão de universalizar o acesso à coleta e tratamento de esgoto em 24 cidades cearenses contempladas na maior Parceria Público-Privada de esgotamento sanitário do país, firmada com a Cagece. Desse total de municípios, 17 das regiões metropolitanas de Fortaleza e do Cariri já estão em obras desde maio, quando a Ambiental Ceará iniciou a operação definitiva.
Os outros sete municípios integrantes do projeto estão, agora, na fase de operação assistida, período em que a Ambiental Ceará recebe, da Cagece, informações técnicas sobre as regiões onde vai atuar. É também nesta etapa que a empresa faz o levantamento da estrutura existente nas cidades.
A PPP de esgotamento sanitário foi firmada com o objetivo de cumprir as metas estabelecidas pelo Novo Marco Legal do Saneamento, que determina que 90% da população tenha acesso à coleta e ao tratamento de esgoto até o ano de 2033. A Ambiental Ceará passa a atender 24 cidades, beneficiando 4,3 milhões de pessoas. Ao todo, R$ 6,2 bilhões serão investidos na operação, ampliação e manutenção do sistema de esgotamento sanitário destas cidades.